jueves, 5 de junio de 2008

IV SEMINÁRIO NACIONAL "O PROFESSOR E A LEITURA DO JORNAL",

Ilustración: Entrada al jardín público en Arlés, Van Gogh, 188


TEMÁRIO
A interface do jornal com outras mídias


na formação básica e continuada dos professores



Num mundo cada vez mais interconectado e dinamizado por múltiplas tecnologias da informação, não há como negar que o trabalho do magistério tem íntimas relações com a mídia. Em termos históricos, o ensino, para se efetivar, sempre utilizou algum tipo de mídia - na escola constatamos desde a transmissão de idéias por meio da palavra oral até o giz e a lousa, evolutivamente passando por livros didáticos, jogos de aprendizagem, protótipos, kits, etc. até atingirmos, em dias atuais, todas as conquistas geradas pela cibernética e informática, dentre as quais se destacam os recursos da Internet.
A veloz introdução de novas mídias na sociedade - e, por extensão, nas escolas - afeta sobremaneira os diferentes ofícios do magistério, impondo uma reflexão crítica sobre a sua utilização no ensino-aprendizagem. Outrossim, o surgimento e o uso de uma nova mídia provocam alterações profundas nos modos de organização e implementação de programas escolares, como é o caso da "educação à distância", "e-learning", etc. sustentadas por meios tecnológicos móveis: computadores, celulares i-pods, laptops, rádio, TV, telefone, fax, entre outros.
A imprensa, classicamente simbolizada pelo jornal, também se vê muito afetada pelas novas mídias, o que, sem dúvida, atinge os modos de produção das notícias, as formas de circulação, os esquemas de expressão e o quadro de assinantes ou de leitores. Tanto é assim que, hoje em dia, novos gêneros de jornais surgem e evoluem socialmente, como é o caso do jornal radiofônico, telejornal, jornal eletrônico, etc Por isso mesmo, as opções para acesso à notícia se tornam plurais, abrindo outras perspectivas de usufruto e modos de fruição por parte dos leitores.
O espanhol José Maria Estéve cunhou o termo "mal-estar docente" para descrever a atitude de muitos professores frente à acelerada chegada e utilização de novas mídias nas sociedades contemporâneas. A síndrome do mal-estar surge das dificuldades do magistério em compreender e dominar adequadamente os novos meios de comunicação para o planejamento e a condução dos processos de ensino-aprendizagem. Além disso, no âmbito pedagógico, a introdução de novas mídias na escola, se feita aos trancos e barrancos - poderia - e pode - levar ao surgimento de um novo tecnicismo ou do sentimento de "tecnofobia" (aversão às mídias), em nada contribuindo para a melhoria dos processos educativos.
Finalmente, cabe enfatizar a necessidade de o jornal e as demais mídias entrarem na escola através de uma política de continuidade e manutenção - isto porque, por exemplo, os jornais se renovam diariamente, os computadores ficam obsoletos, quebram-se, são muitas vezes instalados em número insuficiente para a quantidade de alunos, etc Além disso, a adoção de mídias para o enriquecimento de atividades educativas depende de uma posição coletiva da escola (diretor, coordenador, bibliotecário, técnicos, pais, etc) de modo que não se transforme apenas em modismo ou perfumaria.
Nestes termos, considerando a diversidade de veículos para amplificar e fazer circular informações no mundo contemporâneo cabe refletir mais contundentemente as contribuições que os jornais (e suas variantes) e as mídias podem trazer para a estruturação do ensino brasileiro, para os processos de formação continuada dos professores e, conseqüentemente, para a melhoria da educação escolarizada.

INFORMAÇÕES:


Campinas, 21 e 22 de julho de 2008

1 comentario:

Anónimo dijo...

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